Dia 6 - Virparzar – Zabljak (Parque Durmitor)

terça-feira, agosto 31, 2010

Hoje é dia de tratarmos do nosso visual, fazer as barbas que já parecemos uns pedintes, o Pena, está com pouca vontade de se “aperaltar”, mas nos lá o convencemos de que para andar perto de nos tem que andar com um ar lavadinho, ou seja barba feita!

Este é o nosso bom aspecto...


N. Maia – O Árabe
M. Pena – O Italiano
P. Ferreira – O Francês
P. Estêvão – O Americano
E. Almeida – O Russo
P. Pires – O Inglês

Um belo pequeno-almoço a beira-rio…


Pegamos nas motas e vamos até Podgorica, cidade sem muito para contar, apesar de ser a capital do Montenegro, não é muito grande e não encontramos nada de extraordinário.
Algo curioso que começamos a reparar no dia de hoje (não compreendo bem porque) foi uns novos sorrisos nas caras das pessoas que passavam por nos, principalmente das senhoras, estamos a fazer sucesso!!! Ou será que é um sorriso de gozo??... Não percebo…
O importante é que nos sentimos os maiores, umas verdadeiras vedetas, todos olham para nos e as senhoras em especial esboçam um sorriso na cara!




Era hora de nos fazermos a estrada, esperava por nos uma estrada “branquinha”!




Tinha chovido, mas o céu parecia estar a ficar limpo e arrancamos sem impermeáveis, mas 15km depois tivemos que parar, pois a chuva começava a cair em força. Impermeáveis vestidos arrancamos para o Parque Durmitor. 20km depois o céu começa a ficar azul de novo para nunca mais chover.


Entramos numa estrada de montanha serpenteada repleta de túneis e com o rio a acompanhar-nos do nosso lado esquerdo e 50m a baixo de nos, uma estrada realmente fabulosa no meio de tantas montanhas. Entretanto entramos numa das estradas que para mim ficou completamente marcada na viagem, onde inclusivamente passamos por um menhir no meio da estrada (eram pedras que descolavam das montanhas e param no meio da estrada).




Desta estrada surgiu a foto da viagem, ideia do Pedro Estevão, foto do Pedro Ferreira.


foto: Pedro Ferreira

Chegamos a Zabjak já de noite, paramos as motas no centro e era ver o Ferreira aos saltos com tantos Lada Niva. Pegamos nas pernocas, nem tiramos os casacos, pois estava um briol que não se podia e lá fomos nos a procura de “poiso” para dormir, mais uma vez um “apartmani” por 10€ p/pessoa com bom aspecto e aquecido!

Depois de descarregarmos as motas e mudar de roupa fomos a procura de um local para jantar e o restaurante eleito, foi dos primeiros que vimos pois a fome apertava, era uma pequena casa em madeira que acolhia uma pizzaria com três mesas de seis pessoas e três empregadas. (Irra que até nas montanhas há bodes mas também diziam alguns que havia trissomia 21…)
Eu tenho aqui umas anotações estranhas no meu caderno, mas nem vou tentar ler…
Sei que já tenho aqui uma outra anotação de que já vão cinco garrafas de vinho contando que duas delas são de 1l.


Pagamos e levantamo-nos para ir embora, depois de grandes conversas(com muitos ***** a mistura) e algumas garrafas de vinho para ajudar a aquecer, (não esquecer que o frio apertava!) e somos brindados com um “Obrigado” dito num português muito saudável! Ficamos em pânico!!! O Nuno ainda afirma, “Espero que seja a única palavra que saibas em português!” ao que ela responde “I know a lote of portugese!”, ai sim ficamos deveras preocupados e saímos a correr!

Algumas recordações...







Parque Durmitor, ristorant

terça-feira, agosto 31, 2010


As refeições são sempre um momento de perfeita javardice, menos agradável quando a empregada se despede "então adeus, obrigado..."

No caminho para Zabljak, Montenegro

terça-feira, agosto 31, 2010


A foto é muito manhosa porque já era quase noite, mas a estrada no meio da montanha... depois vêem as fotos e o relato alargado...

Só uma palavra: orgasmico!

Virpazar, Montenegro

terça-feira, agosto 31, 2010

Dia 4 - Rapula - Melfi - Bari - Bar

domingo, agosto 29, 2010

Rapula - Melfi - Bari - Bar

Pois este foi um dos dias mais complicados.
Foi o dia em que tínhamos de cumprir horários.... e cumprir horários é uma coisa que, se tem de cumprir!
Tínhamos de acordar cedo, muito cedo que ainda havia uma série de kilómetros para fazer. Embora a maioria fosse de autoestrada, havia pelo menos 30 ou 40km entre o hotel e a autoestrada que eram em nacional de montanha a um domingo. Para agravar tínhamos de pôr gasolina porque não pusémos na véspera e havia quem estivesse com falta dela (erro nº1 estas coisas a fazer é quando estamos acordados, não quando estamos a acordar!).
Lá nos levantámos à hora prevista. Acho que às 07:00 já estávamos no pequeno almoço, e vimos o primeiro (e único) fenómeno do "escorrega no molho" da viagem.
Uma rapariga que estava a servir o pequeno almoço (honra lhe seja feita que tinha uns olhos que "fachefavor") estava a olhar para a nossa mesa que apesar de tudo devia ser mais interessante que as outras mesas cheias de velhos que iam para as termas, numa das idas à cozinha escorregou e só se ouviu os pratos e copos e talheres a fazer barulho pelo chão! Fartámo-nos de rir e começou a história do escorrega no molho....
Fomos para as motas e lá arancámos no meio de uma nuvem de fumo com que a DR do Maia nos brindou. Claro que já estávamos uns 30 minutos atrasados em relação ao previsto. Fomos a uma bomba perto do hotel que tínhamos visto na véspera mas estava fechada (domingo...) e sem gasolina lá nos fizémos à entrada da autoestrada. Ou pelo menos tentámos que, perdemo-nos no meio das montanhas e perdemo-nos uns dos outros (e alguns com pouca gasolina como já vos tinha dito).
Lá nos encontrámos e nos lembrámos de pedir ajuda a um velho italiano num carro. Muito simpático guiou-nos à bomba (por um caminho que ainda não sei se foi curto ou longo), a um ritmo próprio de um velho simpático que anda de carro ao domingo! Mas não era bem o nosso ritmo, ainda mais com o atraso que já tínhamos.
Atestámos o mais depressa possível numa bomba o mais calma possível...mais um atrasozito... e toca a ir para a autoestrada (finalmente), toca a fazê-la a 140 com a minha frente a balouçar como uma máquina de lavar a roupa desiquilibrada e finalmente chegámos a Bari às 11:45 quando o barco era às 12:00. Estávamos a ver o barco às11:55 quando o barco era às 12:00 e estavámos no guichet para levantar os bilhetes às 12:00 quando o barco era às 12:00.
A primeira reacção dos funcionários foi:
- O Barco já partiu!
Não podíamos acreditar, lá iam as férias de pinote, lá se iam os balcãs. O próximo barco para o Monte do Negro era daí a 8 dias....
Telefonaram ao comandante que disse que voltava para trás e que esperava por nós. Os tipos nem queriam acreditar, nem nós!
- Passaportes e bilhetes, todos! Rápido!!!
O PP tinha o passaporte lá isso tinha, na mota! Vai um sprint? Enquanto tratava de tudo, o tipo do guichet refilava que devíamos estar lá com hora e meia de antecedência e não 5 minutos antes, e que não podia ser e que asim não podia ser e não e não e não..... De pouco serviu o raspanete que depois de percebermos que o Comandante esperava já estávamos todos com um sorriso daqueles! Aquele sorriso que só os Tugas têm quando conseguem fazer o que não é suposto ser possível! Deu-nos os bilhetes e disse:"Vão, rápido!" E lá fomos todos contentes a correr para as motas com capacetes numa mão e passaportes e bilhetes na outra.
Em cima das motas entrámos no cais. O segurança pergunta:
-Para onde?
- Montenegro! - respondemos.
- Já partiu - diz o segurança.
- Não! O Comandante espera por nós! - respondemos todos contentes
E de segurança em segurança lá fomos progredindo em direcção ao barco, a ziguezaguear com as motas no meio das pessoas que desembarcavam, feitos putos todos contentes e stressados. Isto estava a andar até ao controlo fronteiriço dos carabinieri.
Íamos todos lampeiros a passar quando um polícia diz:
-Esperem! Para onde?
-Montenegro!!!!!
-Já partiu!
-Não, que o comandante espera!
-Ah... mas esperem!
E continua a ver outros carros. E nós meios impacientes, em contramão no meio dos carros que eles estavam a controlar e que chegvam a Itália, à espera e a dizer que o barco estava a partir.
De repente o Maia lembra-se de arrancar para se por na direcção dos carros. O Polícia não percebeu e começou aos berros a dizer para esperarmos e estarmos quietos... bom lá tivémos de acalmar. Ele fez-nos esperar o bocadinho que entendia necessário para nos dar a lição de obediência e quando finalmente se dirigiu a nós olhou para os passaportes como quem está a olhar para um papel em branco e mandou-nos seguir.

   
Mais uma corrida e finalmente vimos o barco à nossa espera!!!!! As 20 pessoas que estavam no barco mais a tripulação estavam todos à popa a ver o motivo do atraso, 5 motivos do atraso para ser mais exacto, e Tugas e todos contentes!
Entrámos com um sorriso, o comissário a gozar connosco e a meter conversa com o futebol... era do Bucareste. Lixou-se, acho que ali estava o único grupo de 5 tugas que não ligavam nada ao futebol...senti-me orgulhoso! :-)
Entrámos no barco e ganhámos uma viagem no tempo.
O barco era lindo, com uns 40 ou 50anos, com metade do seu peso ferruge e a outra metade em tinta que segurava a ferruge. Decorações de outra época, passageiros de outra época e tripulação de outra época!
Entrámos e pouco depois abriu o restaurante. Frango grelhado. Conversa até sermos expulsos do restaurante que fechou.
E fechou o bar e fechou tudo.
Andámos a dormitar, passear no barco e pera lá! Onde está o Esteves?
Pois o balanço foi demais para ele. Estava sentadinho e/ou deitadinho e/ou num corridinho para a casa de banho!!!!
Conversas e recomendações...e o Maia que já tinha estado no Monte doNegro sai-se com: - Pois no Monte é meio dia no máximo! Aquilo é só bodes - a referir-se às Montenegrinas - e não vale a pena perder muito tempo lá. Croácia é que é bom!
E nós:
- Pronto então bora lá para a Croácia, se lá é que é bom!
No meio de balanços, conversas esgotadas, um magnífico pôr do sol abordo e um frete daqueles uma vez que não havia nada para fazer lá chegámos à terra dos bodes, o Monte do Negro!!!!!!
Chegámos e logo no controlo fronteiriço estavam dois bodezinhos numa freeshop que fache favore. A Sra. polícia que estava a controlar a entrada outro bode, saímos do cais e somos brindados com uma equipa de bodes jogadores de vólei todas contentes por terem ganho o campeonato.
Enquanto estávamos numa terra em que ninguém fala inglês a tentar encontrar um hotel até esfregámos os olhos com tanto bode que passava para a frente e para trás!

- Ó Maia - gritávamos - isto é só bodes! Vai lá para a Croácia que nós ficamos aqui!

Lá arranjámos um hotel podre mas não muito caro, e fomos jantar num restaurante no "calçadão" de Bar. Mais uma vez só bodes, e cada par de pernas que estes bodes tinham, super espectacular! Estávamos todos eufóricos a gozar com o Maia e a dar cotoveladas uns nos outros cada vez que passava mais um exemplar desta raça de bodes com pernas até às orelhas! O Maia só dizia que não percebia que ainda à dois anos tinha lá estado e não tinha visto nada disto....
Bar é uma espécie de estância turística para Montenegrinos. O que é fixe. Não estava carregadinho de estrangeiros como outros sítios que íamos ver!
Jantámos, comemos um gelado gigante e fomos a andar para o hotel a ver os bodes perdidos que andavam na rua. Arranjámos a companhia de três cães que nos acompanharam até ao hotel. Estávamos cansados. Fomos dormir para o hotel podre.
Estávamos no Montenegro!!!!
Nos Balcãs!!!!!!!
As férias tinham começado!!!! Eh, eh....

Bar, Montenegro

domingo, agosto 29, 2010


Finalmente nos balcãs!

Ainda agora cá chegamos e já temos tanto, tanto que contar...

Tenho a acrescentar que...

domingo, agosto 29, 2010

A rapariga - italiana e um belo exemplar de - patinou no molho não escorregou coisa nenhuma. E patinou no molho porque certas e determinadas pessoas que escrevem textos de blogues de viagens, apenas com a sua presença, têm esse efeito sobre as moças. Ela viu-o, viu-se logo uma ligeira atrapalhação, cresceu quando ele lhe tentou pedir leite puro e não kefir, ela insistiu que aquilo é que era leite do bom, ficou (ainda mais) desconcentrada, sorriu, carregou a loiça, entornou a loiça, partiu a loiça (toda) porque patinou no molho... Esta é a verdade!

Ah, o barco e o belo cheirinho a combustível...
Essa do barco à nossa espera foi lindo. É para verem, os italianos e os poucos Montenegrinos que seguiam no barco, como os portugueses continuam a mandar no mundo. Tudo ali sossegadinho, à espera que chegássemos para irmos descansados para a terra onde ninguém sabia onde era Portugal. Vai buscar!

Eu, não enjoo, fico apenas ligeiramente aborrecido. E o aborrecimento causa-me uma ligeira má disposição! Fundamentalmente quando se vê maaaaaaaarrrrrrrrr - céuuuuuuuuuuuu. Maaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrr - céééééééuuuuuuuuuuuuuuuu. Muito agradável (NOT)...

E o primeiro contacto com os Bodes... O que vale é que não havia muito trânsito que aquilo era demais e nem se conseguia manter o olhar na estrada! Então e a loira que... eu conto!

Uns tinham ido ver de hotel, outros tinham ficado no estacionamento ao pé das motos porque já tinham ido ver de Hotel e não tinham conseguido nada. De repente, ao longe, avista-se uma loira... fixe... mais que fixe, bastante mesmo mais, a passar no passeio, quase à nossa frente. E nós a olhar boquiabertos e a comentar e a olhar. E ela a topar a cena toda. Vai daí, altera o percurso, põe-se a andar na nossa direcção, toda... aprumadinha, enxuta, direitinha que nem um fuso, saltitante, vem mesmo até diante de nós, pavoneia-se um pouco mais ainda ao passar à nossa frente, nós sempre segui-la com o olhar e com as cabeças e as expressões aparvalhadas e segue caminho, sempre com aquele andar e ar que em Portugal significaria algo como "sou boa, não sou?!?". E era!

E ao jantar, pizzas, na marginal: empregadas giras, pázadas de bons espécimes femininos muito apresentáveis e, diria também que, mas não experimentei nada, comestíveis...

Um luxo o Montenegro, mas era para ser só bodes!

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Dia 2 - Madrid - Barcelona - "ferry"

sexta-feira, agosto 27, 2010

Balcãs 2010Publicidade à borla...
Depois do esforço do dia anterior, de deitar tarde, muito tarde, acordar cedo não dá. Resultado: lá conseguimos acordar todos por voltas das 11 horas. Arrumar as poucas coisas que tínhamos tirado, pequeno almoço pastelão e ensonado ainda no Ibis – com pouca variedade porque mais uns minutos e nem vê-lo – e, às 12 horas, meio do dia, estávamos prontos, em cima das motos já a funcionar e a arrancar em direcção a Barcelona. Calor, das poucas coisas que me lembro da saída, além do bufet que nos dava um pouco de sombra.

Quando se a quer atravessar rapidamente, Espanha é seca. Espanha é secante. Espanha é desesperante. Espanha é interminável e quente. Muito quente. Apanhamos um calor abrasador na zona de Zaragoça. Muito calor mesmo. As motos aqueceram, mesmo com o bom andamento da auto pista e, calor dos motores mais calor do ar, só apetecia tirar casacos, colocar um capacete aberto, óculos escuros, calções... ok não podíamos. Estávamos em viagem e a segurança exige o equipamento todo em cima. Casaco, capacete fechado, botas... Toca a transpirar.

Auto pista...

Uma pequena porção de caminho, em que a auto pista passa a paga num troço de cerca de 40 quilómetros de extensão, se bem me lembro, fizemos na estrada do duros. Conhecida assim porque é a única alternativa ao troço pago e por isso os camionistas e seus camiões adoptam-na, na sua grande maioria, formando longas caravanas de camiões. Apanhamos muitos, mas lá fomos conseguindo passar por eles, algumas ultrapassagens queimadas, outras nem tanto, mas nota-se uma atitude muito diferente dos condutores portugueses: enquanto os camionistas quase se colocavam fora da estrada para nos deixar passar, os condutores de veículos ligeiros esperavam calmamente a sua vez, não forçando, não apertando, não ziguezageando, deixando-nos passar.

Balcãs 2010Pena à luta com as malas, uma constante ao longo da viagem :)
Depois dos duros, entramos novamente na autopista. Tirando os abastecimentos e o calor, nada digno de registo; tudo calmo, circulando sempre por volta dos 140 km/h e nem a DR nos obrigou a parar. Melhor, obrigava, nos abastecimentos a um paragem maior. Para abastecer duplamente: de gasolina e de óleo do motor. Siga.

Mesmo à entrada de Barcelona passamos por uma “barreira” de calor tão intenso e estranho que pensei que o motor da minha GS tinha rebentado e que estava a levar com o óleo a ferver em cima. Mas não, era só mesmo o calor do ar! Que sensação estranha!

Barcelona estava... um nojo. Um calor extremo e uma humidade inimaginável, quiçá só experimentada em locais tropicais, originava um bafo peganhento e viscoso que se colava à pele e nos deixava automaticamente a escorrer água como se estivesse a chover torrencialmente. Fora isto, Barcelona estava como sempre, muito movimento, muitas mulheres e raparigas bonitas, muitos turistas.

Mal entramos em Barcelona fomos directo ao porto de embarque para ir buscar os bilhetes e inteirar-mo-nos correctamente da hora da abertura dos porões para o ferry. Como ainda tínhamos tempo e no ferry as coisas são disparatadamente caras, fomos às compras. Vamos aqui, vamos ali, resolvemos ir ao Corte Inglés. Subimos a La Rambla – mais mulheres bonitas e em concentração elevada – e lá demos com aquilo. Uns ficam nas motos, outros vão às compras. Eu quis ir pois dentro do Corte Inglés estava um agradável e civilizado ar acondicionado para fresco e seco. Mais uns belos espécimes... Ah, paraíso!

Balcãs 2010 - Ferry Barcelona - Civitavecchia

O resto foi a correr directamente para as 20 horas que íamos passar dentro do ferry. Descemos até ao porto, apanhamos o ferry, estacionamos as motos no convés, no meio de carros, camiões, outras motos, passageiros, mercadorias e subimos aos alojamentos – três para aqui, três para ali – descalçamos botas e calças, calçamos chinelos e calções, subimos ao convés para nos despedirmos de Barcelona. Depois voltinha para conhecer o mundo apertado e finito do ferry. A seguir jantar num dos quartos. Com direito a esparguete cozinhado no WC devido à extracção de fumos, molho carbonara, pão, cenas e pasta de azeitona e... de barriga já cheia, recostar-me um pouco e adormecer profundamente no quarto que não era o meu enquanto os outros... bem não sei o que fizeram, eles que digam. Acordar, arrastar-me para o quarto certo e dormir. Até de manhã, pensava eu, mas à noite, a agitação do mediterrâneo – o ferry, apesar de gigantone, ainda tremia como uma canoa, quando as ondas embatiam no casco! – originou pequenos despertares.

Espanha já estava para trás. Finalmente! Agora, pelo menos para mim, é que na verdade tinha inicio a viagem.

Itália, Civitavecchia, era o destino da próxima etapa.

Mais fotos deste dia

Late night working...

quarta-feira, agosto 25, 2010

O ano passa a correr e as horas a passo de caracol!

quarta-feira, agosto 25, 2010

Estamos exactamente a 24h de partir... a moto tem a revisão feita, mas vou com o tormento de ter a certeza de que o pneu da frente vai... e volta nas lonas!

Já esta tudo alinhavado, seguro, documentos, equipamento para mim e para a moto, traje para uns mergulhos, etc etc... mas até que as malas não vão muito cheias!

É incrivel como o ano passou tão rápido e agora as horas passam tão lentamente, a vontade de ir é muita com uma enorme expectativa, a companhia não podia ser melhor e o percurso promete muitas aventuras!

Ao Tiago que este ano não nos acompanha queria deixar um grande abraço e dizer que és um betinho!!!

Bora!!!!!

É agarrar e ir

quarta-feira, agosto 25, 2010

Pois há tugas prevenidos e tugas desprevenidos...eu sou dos desprevenidos....O seguro lá ficou tratado, umas 26 horas antes de ser absolutamente imprescindível... ou seja antes de se ter de partir, ainda muito a tempo.
A mota vai andando, sem problemas aparentes. A não ser o barulhinho das válvulas que.... faz parte....
Falta ver a mota do Mago, junta de cilindro... mas temos tempo!
Pois quanto ao resto (roupa etc...) ainda falta fazer.... temos tempo....ou não! :-)
O importante é manter o espírito:
"É agarrar e ir!!!!!!"

E pronto, faltam 27 horas....

Siga outra vez?!

quarta-feira, agosto 25, 2010

Depois do regresso de Marrocos – http://sigaparamarrocos.blogspot.com/ – ou melhor, penso que ainda em solo marroquino, ficou decidido que a próxima viagem seria à Croácia.

Para Marrocos vai-se como quem vai ao fim-de-semana à praia. É perto, é barato, é descontraído, (quase que) basta levar uns calções e chinelos e passa-se por lá, sem grande stress. Para a Croácia é mais Europa, mais caro... Mais.

Como bons tugas guardamos tudo quase para a última e, sina dos tugas prevenidos, mesmo o que não ficou para a última hora, teimou em ficar. No meu caso, foram os travões que insistiram em bloquear. Muitos tubos e alguns (demais para o que queria) euros depois, tudo parece ultrapassado.

Malas, suportes, protecções, batente de direcção... Parece estar tudo a postos.

Quase um ano depois, eis que falta um dia, um longo e interminável dia, para voltarmos à estrada!